domingo, 20 de setembro de 2009

UMA PERFEITA SINTONIA

UMA PERFEITA SINTONIA
escrito por Vinícius Gustavo Pinheiro Guimarães


I


Fiz a escolha certa? – indagava-se, Elisa. Parecia distante, absorta em pensamentos que lhe cingiam o semblante de uma sombria expressão de desalento. Experimentava o vestido de noiva, com a costureira ao pé de si a dar ainda em seu corpo os últimos retoques. Um modelo exclusivo feito pelo mais badalado estilista de São Paulo. O espelho lhe dizia sorrindo que estava deslumbrante, mas sentia-se indiferente à própria beleza, como se aquela mulher refletida estivesse vivendo uma vida que não lhe pertencesse. A efusão da mãe despertou-a de seus devaneios. – Oh, minha filha! – gracejou Madalena, boquiaberta. – O vestido lhe caiu perfeitamente bem. Não que fosse dada a luxos, mas o noivo fizera questão de que tudo saísse conforme ela sempre sonhara.

A escolha do vestido de noiva, igreja, carruagem, padrinhos, convidados, buffet, foram meticulosamente organizados pela mãe e a sogra, cúmplices na emoção de verem o enlace dos filhos como uma inevitável promessa de felicidade. A primeira, por estar casando o seu “bibelot” com um dos jovens mais ricos da cidade, cortejado por todas as mulheres da high-society e futuro herdeiro das organizações Atlanta, a maior empresa do ramo imobiliário da região. A outra, por enxergar em Elisa a esposa ideal para por fim aos hábitos desregrados de Lucas, há pouco tempo, amante da boemia, ociosidade e promiscuidade masculina. A moça tinha predicados que a tornavam a ‘menina dos olhos” de toda sogra que deseja ao filho um casamento sem sobressaltos. Tereza via em sua futura nora uma altivez pouco comum em mulheres tão jovens. Não era submissa como as que amam exageradamente e sabia fazer valer as suas vontades, sem ferir o orgulho alheio e sem perder, através de sua imperceptível intransigência, toda a doçura que lhe pontuava a personalidade. De uma beleza ímpar, seria a esposa perfeita para um rapaz que precisava de uma mulher de pulso firme, embora carinhosa, compreensiva e amiga.

- Tereza, querida, o seu filho é um homem de muita sorte. – comentou Madalena, exultante, olhos vidrados em Elisa que agora experimentava os sapatos. – Duvido que encontre alguém como a minha menina. Uma moça distinta, educada e inteligente. O porte elegante é da avó. Os olhos de um castanho esverdeado puxou do pai. Ele tinha um olhar tão penetrante.

- Mãe, pelo amor de Deus! – interrompeu Elisa, enrubescida. – Não sou a soberana do principado de Mônaco que a senhora está pintando e pare de enumerar atributos que não tenho. O que vai pensar dona Tereza desse seu falatório?

- Não se preocupe, meu bem – advertiu Tereza, achando graça no carinho desmedido de Madalena pela filha. - Sua mãe não está exagerando. Você, realmente, é mais do que eu poderia sonhar para o meu Lucas. Mas ela há de concordar comigo que o meu filho também é um bom partido.

- Sim, esse casamento é do meu agrado. Já tenho o Lu como da família. Um cavalheiro, um rapaz garboso, cheio de vida. É uma pena que...

- Mãe! – ralhou Elisa, perdendo a paciência!

- Só ia dizer que ele não tem tino para os negócios do pai – retorquiu Madalena, contrariada.

- Isso não é da sua conta – atalhou Elisa, irritada. – O Lucas não deseja seguir os passos do pai e não quero que a senhora seja inconveniente manifestando publicamente as suas opiniões sobre assuntos que não lhe dizem respeito. – Perdão, Tereza. Ela, às vezes, fala sem atinar no que está falando.

- Madalena está certa. – concordou Tereza. - O Rômulo insiste para que o menino tome o seu lugar na companhia, mas ele se esquiva da responsabilidade de estar à frente dos negócios da família. – Nisso, conto com a sua ajuda, minha nora. Espero que depois de casados, consiga convencê-lo a pensar sobre a possibilidade de suceder o pai.

- Não sei, Tereza. Ele não me parece animado com a idéia. E para ser sincera, não acho que o Rômulo deveria insistir.

- Elisa, minha flor de Liz! Levante-se! Deixe-me vê-la – ordenou Madalena com os olhos marejados e sem se importar com a admoestação da filha, perita na arte de chamar-lhe a atenção para suas gafes nos círculos sociais. - Será a noiva mais esplendorosa que já existiu nesse mundo.

Olhou-se ao espelho mais uma vez. Às vésperas do casamento de seus sonhos, uma sensação desagradável a assaltara: não seria feliz. Esses pensamentos bailavam em sua cabeça, questionando a resolução deste passo, que seria um dos mais importantes de sua vida. A coroação de uma relação permeada de idas e vindas, ciúme, brigas e traições. Lucas a amava e dera inúmeras provas de seu incomensurável amor. Mas ela não estava segura de seus próprios sentimentos. Como poderia se casar com um homem que não a completava como mulher, que não mais a fazia sentir o friozinho na barriga todas as vezes em que a elogiava e se sentia obrigada a dizer que estava indisposta, rejeitando todos os convites dele de viagem ao litoral nos finais de semana? Ele não lhe dava mais o tesão dos primeiros encontros. E sentiu-se uma vagabunda ao constatar a última de suas insatisfações.

A empregada entrou esbaforida no quarto de Elisa, abrindo mão das convenções, gritando:

- Dona Elisa! Seu Lucas acabou de chegar!

- Rápido, Tereza! – interveio Madalena. – Ele não pode vê-la vestida assim. Dá azar. Vamos descer e mantê-lo ocupado, até que Elisa tire o vestido e os outros apetrechos. Oh, meu Deus, onde está a grinalda?

- Dentro da caixa menor, em cima da cama – respondeu Tereza, ao dar a ultima olhada na noiva majestosa que tinha diante dos olhos. – É uma linda mulher e sei que será uma boa esposa e uma mãe dedicada. O meu filho precisa de você.

Em seguida saiu, puxando Madalena e a velha costureira pelo braço.

- Não demore, filha. O seu noivo é tão afoito, que não vai querer esperar até o casamento para vê-la vestida de noiva.

- Desço num minuto, mãe. – respondeu Elisa, ansiosa para tirar a roupa que lhe pesava na alma. De repente, desejou que o chão se abrisse e pudesse desaparecer para todo o sempre. Como foi tola ao aceitar o pedido de casamento de Lucas. A última das infantilidades do rapaz, que nem de longe, sabia quais eram as implicações de uma vida a dois. Não tinham muitas coisas em comum. Conheceram-se na faculdade onde cursavam jornalismo. Uma paixão fulminante que dominara todo o seu ser. Oficializaram a relação e em pouco tempo tornaram-se noivos. Ele trancou o curso e quase a convenceu a fazer o mesmo, pois alegava que não precisaria trabalhar, sendo mulher de um homem rico. Ela, ofendida, dizia: “Posso até me tornar esposa de um parasita, mas igual a um marido assim, nunca serei!”. O rapaz achava graça. Pela primeira vez, conhecera uma moça independente, batalhadora, determinada, tão diferente de suas últimas experiências amorosas com mulheres que viam nele a possibilidade de entrarem num mundo de requinte, dinheiro e poder. O noivo tinha os seus encantos. Elisa adorava o seu sorriso luminoso, o porte atlético, a pele alva e delicada. Os cabelos negros, a voz aveludada, o jeito especial como a olhava. Mas o amor esmorece e com ele toda a empolgação dos planos de uma vida inteira juntos, e isso, dias antes do fatídico “sim” no altar, em frente à família, amigos e demais convidados. Após jurar a Deus que o amaria até que a morte os separasse.

O celular tocou. Abriu a bolsa sobre a cômoda e ao verificar no visor do aparelho quem lhe queria falar, assustou-se.

- Eu já lhe disse mais de mil vezes para não me ligar – falou nervosa ao telefone, tentando abafar a voz.

A pessoa do outro lado da linha foi categórica:

- Você não pode se casar, Elisa! Você não o ama! E sei que está grávida de um filho meu.




**CONTINUA NA PRÓXIMA POSTAGEM
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quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Um dia, um adeus...


Tanto se fala na brevidade da vida, que tenho medo de não realizar em tempo todos os meus sonhos. Isso se torna um irresistível pressuposto para, às vezes, jogar tudo para o alto e seguir apenas a voz do coração. Sempre ouço dos mais velhos: “Aproveite a vida!”. E os que me aconselham a tal ato de coragem, parecem afundados em frustração, desgostosos com o fim da jornada, quase sempre pontuada pelas escolhas erradas. O tempo é cruel e o verso daquela bonita canção não me sai da cabeça: “A gente não nasce, começa a morrer...”.

A minha condição de humano me dá o direito de errar. Eu menti, traí, fui traído, senti inveja, amei e (odiei), desejei o mal, desejei o bem, fui aplaudido, vaiado, humilhado, perdoei, implorei o perdão, ri, chorei. E depois de experimentar essa miscelânea de ações e reações, percebi que delas tirei algum proveito, pois triste é envelhecer e não ter direito ao seu quinhão de sabedoria.

O meu pai faleceu em 2004. Os meus olhos ardem sempre que me lembro do caixão sendo fechado.


... assim é a vida.


sábado, 12 de setembro de 2009

TWITTER



Há tempos não escrevia uma crônica. Apesar de gostar desta modalidade textual, tenho me dedicado à ficção, que me “rouba” toda a disposição mental, criatividade e vigor físico. As manhãs de sábado costumam ser tão aprazíveis, que preferi não me debruçar sobre um novo conto, mas redigir um texto leve, antenado à realidade que me rodeia e, evidentemente, de mãos dadas com o bom humor.

Eu me cadastrei no “Twitter”, a nova sensação da internet. É uma ferramenta assaz interessante que dinamiza a relação interpessoal na rede mundial de computadores. Descobri entre os membros, o prefeito do município de Bauru, Rodrigo Agostinho (http://twitter.com/rodrigoprefeito) e verifiquei o quão atribulada é a sua agenda. Lá, ele nos conta em tempo real o que está fazendo. Frases como: “fui viajar e esqueci o sapato”, “a insônia voltou a me atacar” e “estou na rodoviária esperando o busão para ir para São Paulo”, revelam a rotina de um balzaquiano que, apesar de ocupar o cargo hierárquico mais importante da administração pública da cidade, não se esquiva ao direito de viver como um “homem” (aspas sugestivas) normal. As postagens do “Twitter” dão conta dos compromissos de um jovem prefeito sempre requisitado em eventos culturais. Conheço a sua trajetória política e percebo o quanto tem se empenhado em honrar os compromissos firmados com o povo bauruense. A gestão Agostinho concedeu um abono salarial razoável aos servidores municipais. Convenhamos, irrisório ao que merecemos, ainda assim, maior que o oferecido pelo candidato do PSDB, caso eleito fosse.

Muitas são as especulações ao seu respeito. Como toda figura pública, tem a vida pessoal esquadrinhada. Ele lava o cabelo? Gosta de homem? Veste-se mal? I don’t know it! No “Twitter”, por exemplo, afirma que adora uma baladinha. E quem não gosta? É POP, o meu chefe... É a MADONNA de nosso microcosmo. “Like a virgin, touched for the very first time...”

Comprei O ALQUIMISTA do Paulo Coelho. Um site listou todos os equívocos de coesão da mais aclamada obra esóterica do escritor, que é considerado pela crítica especializada, um assassino em potencial da Língua Portuguesa. O artigo, fundamentado, revela as incongruências gramaticais do MAGO brasileiro. Paulo não admite que seus livros sejam revisados e se defende das acusações de que não domina simples conceitos gramaticais, alegando que a sua intenção é aproximar a linguagem literária ao modo de falar das pessoas. Se isso vier a tornar-se um modismo, como será a vida do profissional de Letras que, como eu, quer trabalhar como revisor em grandes editoras? Não tenho interesse no enredo do ALQUIMISTA, mas faço questão de localizar os seus “tropeços lingüísticos”. Embora saiba que todos estamos sujeitos a deslizes neste idioma que ainda é um enigma aos que sempre o trataram com desdém.

Recomendo que adquiram o livro de crônicas “A arte de reviver” do consagrado autor de novelas, Manoel Carlos. Todos os textos versam sobre a invisível beleza do cotidiano.


See you!

terça-feira, 8 de setembro de 2009

RAIO-X




HELLO, FRIENDS!


UM RÁPIDO RAIO-X


Quero agradecer à receptividade de todos os amigos que me prestigiaram nas últimas semanas, acompanhando a produção do conto “Confissão è beira do lago”. Descobri que o meu amor pela Literatura excede a leitura dos clássicos ditos “antigos” ou contemporâneos, perpassando os caminhos sinuosos da escrita.

Criar um universo paralelo à realidade é um exercício terapêutico, divertido, prazeroso, embora desgastante do ponto de vista emocional. Vide a atuação de “Bernardo”, que me consumiu deveras todo o vigor mental. Quis dar profundidade verossímil a sua personalidade, o que me obrigou a conjecturar sobre o seu malfadado namoro, a bissexualidade reprimida e os valores religiosos revelados no decorrer da narrativa. A posição de Kaike me pareceu mais confortável e o idealizei como um sujeito “boa praça”, honesto, bom caráter e disposto a perdoar.

Não é fácil capturar a atenção do leitor e manter o seu interesse pela história. Em várias passagens inseri estratagemas textuais como o SUSPENSE. O narrador teve postura neutra, mas eficiente ao relatar o que via. Perscrutou os pensamentos dos personagens e nos revelou segredos considerados inconfessáveis. Postei as páginas conforme as redigia e tornei o desenrolar da trama aberto às discussões dos amigos que se envolveram com o dilema dos protagonistas. O lago e a quietude de suas águas deram-me a privacidade necessária para a fundamentação do amor incontido de “Bernardo”.

Consegui a intertextualidade com o meu livro de cabeceira: O CAÇADOR DE PIPAS.

As idéias estão fervilhando em minha cabeça. Outro conto logo estará em fase de produção. Tenho fascínio pelos dilemas humanos.


I want to write forever....


Muito obrigado!



Vinícius Guimarães


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Confissão à beira do lago


** Quero agradecer aos amigos que prestigiam o blog e às palavras de incentivo que têm me deixado. Se me proponho a escrever sobre o amor, procuro enaltecê-lo em sua universalidade.

Confissão à beira do lago

Pág. 3 e 4



Sempre soubera não ser igual aos outros rapazes de sua idade. Admirava corpos masculinos e femininos com a mesma cobiça, o mesmo ardor que lhe subia pelas pernas e enrijecia o membro, a denunciar a excitação que tentava, em vão, disfarçar. Sufocava os próprios desejos ferrenhamente, pois sabia que o mundo poderia encarar a sua bissexualidade como uma anomalia. Senão o mundo, os seus pais, irmãos e amigos o veriam como pervertido, alguém com disfunções cerebrais ou um enfermo que precisava de tratamento. Não era doente, mas nascera conforme os desígnios de Deus, que para ele tinha uma missão. Era temente ao Senhor e pedia a sua ajuda nos momentos de incerteza. A religião era o seu refúgio, mas não fora capaz de amansar o seu coração e diminuir-lhe a ansiedade que sentia todas as vezes em que Kaike o abraçara , ou a libido nas alturas ao vislumbrar aquele corpo de porte atlético coberto pela toalha de banho, delineando as suas nádegas proeminentes.

Bernardo sempre fora o mais sensível. Tinha fascínio por literatura, música clássica e arte. O outro era íntimo da área de exatas, esportes radicais e dos embalos de sábado à noite. O sentimento que o ligava a Kaike também era fruto das pequenas diferenças existentes entre os dois. Eles se complementavam em suas necessidades, fraquezas e potencialidades. O amigo insistira para que namorasse Mari, pois dizia que a vida só teria sentido àqueles cujo coração fosse tomado de amor. Acreditava piamente que haviam sido talhados para ficarem juntos, pois os via como almas gêmeas, tantas eram as semelhanças entre o casal. Bernardo parecia resistir, mas como via a relação com Mariana como resposta aos que levantavam dúvidas sobre a sua virilidade, pediu a moça em namoro.

Conseguira sustentar a relação aos trancos e barrancos, assumindo o papel de algoz da namorada, incitando-a em várias ocasiões a colocar um ponto final no malfadado relacionamento. Ele a fizera sofrer. A moça sempre se debulhava em lágrimas, submissa, colocando de lado o seu amor próprio, anulando-se para que pudesse agradar ao namorado, que sempre se mostrava distante, frio e implicante.

A dor pungente sempre invocada em seus poemas favoritos arrebentava-lhe o coração. Revelar a verdade a Kaike seria um caminho sem volta. Sabia todas as implicações deste ato de coragem. O rapaz sempre deixara claro a sua orientação sexual, embora manifestasse respeito, compreensão e tolerância às ditas “causas homossexuais”. Era um conquistador por natureza. Desde a adolescência, atraíra os olhares femininos, incapazes de resistir ao seu charme, carisma e sedução. De uma beleza máscula irresistível, sempre estava acompanhado de lindas garotas, com as quais jogara abertamente: “não quero me envolver”, dizia ao final do primeiro encontro. Bernardo sabia que este medo de se entregar a uma nova relação era causado pela paciente espera do primeiro e, até o momento, único amor de Kaike: Raila. Quantas vezes Bernardo amaldiçoou esse nome, desejando que ela fosse engolida pelas entranhas da Terra e desaparecesse de suas vidas para todo o sempre. A única mulher capaz de enfeitiçar Kaike a ponto de fazê-lo colocar a forte amizade que os unia em segundo lugar. Todas as vezes que reclamara do excesso de atenção que o amigo dava à Raila, ouvira que os dois eram importantes, mas que ocupavam lugares distintos em seu coração. E foi assim durante todo o tempo em que o romance perdurou. Bernardo, no auge do ciúme, semeou pequenas intrigas para minar a felicidade daquela relação, mas o rancor apenas serviu para transformá-lo em alguém de sentimentos torpes.

Raila mudou-se com os pais para o Canadá. Ao despedir-se de Kaike, resolvera terminar a relação, pois sabia que o amor precisaria ser alimentado diariamente para manter-se vivo, assim como as rosas precisam ser regadas duas vezes ao dia para permanecerem belas, rijas e com o seu inconfundível perfume inebriante. Não queria pedir a Kaike que a esperasse, pois desconfiara de que ela própria seria incapaz de semelhante sacrifício. Era realista, por isso queria partir sem deixar vínculos, histórias mal resolvidas e a possibilidade de sofrer por enganar ou ser enganada pela ausência, tempo e distância que a manteriam longe do namorado por quem sempre fora completamente apaixonada.


** CONTINUA NA PRÓXIMA POSTAGEM.


domingo, 16 de agosto de 2009

C O N F I S S Ã O à beira do lago




Seguem as 2 primeiras páginas do conto CONFISSÃO À BEIRA DO LAGO

Resolvi abordar a homossexualidade de modo a fugir dos maniqueísmos que muitas obras de ficção caem ao retratar o assunto.


CONFISSÃO À BEIRA DO LAGO



pag. 1 e 2



Sentados em silêncio à beira do lago Pelegrino, dois amigos parecem absortos em pensamentos que rumam em direções opostas. Todavia, não desconfiam que o diálogo que lhes apresento agora, torná-los-ão seres humanos capazes de repensar a sua posição no mundo, vendo no modo como se relacionam com o outro, as sutilezas do amor em suas diferente nuances.

- Quero lhe dizer uma coisa – disse Bernardo. O coração a saltar-lhe à boca, olhos fitos no chão, o peito arfava.

As palavras lhe faltavam, impossibilitando-o de concatenar as idéias. Havia ensaiado aquele momento não uma, mas centenas de vezes. E agora a coragem resolvera abandoná-lo. O medo o assaltara, como se pressentisse a rejeição, o escárnio, a frieza revestida de incompreensão.

- O que é? – indagou Kaike, alheio ao visível nervosismo do amigo. Certamente, confessaria estar de caso com alguma das garotas que sempre o assediavam nas festinhas da faculdade. Bernardo sempre mantivera distância deste assédio, resistia com galhardia às investidas das meninas que por ele se interessavam. Bebia a sua cerveja, conversava com os colegas, dançava timidamente, observava com atenção o barulhento jogo de truco dos amigos. E sempre que Kaike lhe trazia o recado de uma moçoila, desconversava, dizendo que ainda tinha esperanças de reatar o namoro com Mariana. Envolver-se com alguém poderia dificultar a situação, já que tinham amigos em comum e não tardaria até a ex-namorada saber que não respeitara o recente fim do relacionamento. Isso soara convincente aos ouvidos de Kaike, que sabia que o amigo tornara-se um romântico incorrigível, avesso à promiscuidade dos jovens de sua idade e um eterno apaixonado por Mariana, amiga de infância de ambos.

- Se não contei antes, foi por medo. – iniciou Bernardo, a respiração ofegante. – Não por onde começar.

- Faça o seguinte... – redargüiu Kaike, estranhando a tensão na voz de Bernardo – comece pelo início. Não se preocupe, acho que sei o que tanto o preocupa. Ainda assim, prefiro que desabafe e tire o peso que carrega sobre as costas ou que, pelo menos, queira compartilhá-lo comigo.

O universo conspira ao meu favor – pensou Bernardo, o coração tomado pela esperança. Sensação que o deixou mais leve, pois pressupunha que o amigo sabia da angústia que lhe invadia a alma e não lhe tinha ojeriza, não o julgava ou sustentava qualquer tipo de preconceito. Kaike, o amigo que sempre o defendera de seus desafetos, companhia inseparável que com ele dividira o fruto das descobertas da puberdade, o primeiro amor, as inseguranças, os medos, as alegrias e frustrações de toda uma vida. Confidenciavam segredos íntimos que estreitavam as relações de confiança, respeito e afeto. A amizade seria incondicional se Bernardo não omitisse o fato de que estava perdidamente apaixonado pelo amigo. Kaike tornara-se a razão de sua insônia, seu objeto de desejo e o motivo pelo qual havia terminado o namoro de dois anos e sete meses com Mariana de Oliveira. Martelava em sua memória o dia em que colocara um ponto final em sua relação com Mari. Ela chorava, pedindo a ele que lhe dissesse o que havia feito, prometendo que se policiaria em relação ao ciúme que, às vezes, ultrapassava o limite do aceitável e implorando para que lhe desse uma segunda chance. Pensou que qualquer homem se sentiria orgulhoso em ostentar aquele esplendor de mulher ao seu lado, com os seus lindos olhos azuis, os cabelos que reluziam como ouro de tão louros, a boca vermelha de lábios carnudos, o corpo perfeito de mulher que sabe o poder que exerce sobre os homens. Mas apesar da atração que lhe despertava, e no sexo entendiam-se bem, não conseguira apaixonar-se por ela, que sempre fora tão doce, companheira, amiga. Pois era assim que sempre a vira, como a sua melhor amiga. Gostavam das mesmas músicas, assistiam aos mesmos filmes, liam os mesmos livros, passavam horas conversando sobre os mais variados assuntos, mas devotavam um ao outro sentimentos de nuances diferentes.

Mariana o amava com sofreguidão, fazia-lhe todas as vontades e exercitava o dom da paciência suportando o seu humor bipolar. Bernardo sempre parecia insatisfeito com alguma coisa. Ele a magoava sem razão aparente, logo se arrependia e lhe pedia perdão. E a culpava pelo maior infortúnio de sua vida: o fato de não poder gritar ao mundo a louca paixão que nutria pelo seu melhor amigo, Kaike. O sentimento corroía-lhe a alma, escravizava os seus sentidos, manifestava-se através de seus poros, invadia-o a ponto de mantê-lo resistente a qualquer remota possibilidade de amar Mariana ou quem quer que fosse. Amava Kaike resignadamente, pouco fazendo para se libertar deste amor não correspondido. Colocara-o num pedestal. Era um amor impossível, inalcançável, platônico, sagrado e profano. Os versos camonianos diriam que se tratava de uma dor que desatinava sem doer, mas causara-lhe feridas, mágoa e a noção exata daquilo a que chamavam infelicidade. Esse sentimento que lhe roubava o tempo que precisava dedicar aos estudos, à família e à diversão. Que lhe tirava a concentração, afetava-lhe o humor e, por vezes, a vontade de viver.



** CONTINUA NA PRÓXIMA POSTAGEM.


De Jane Austen ao CREPÚSCULO



What's up, friends?

Acabei de chegar das Lojas Americanas. Fui atrás de um DVD. Não precisava de um título específico, mas um filme cuja história se passasse na Inglaterra do séc. XVI ou XVII e que revelasse algo do contexto social e político da época.

Eu me lembrei de "Shakespeare in love", mas ele seria a minha última opção, caso não encontrasse algo mais interessante. Eis que,
por acaso, pego nas mãos "Elizabeth". A maior parte dos filmes custavam R$12.99, justamente este que não havia tido tanto apelo junto ao grande público, mas que era exatemente o que precisava, custava R$19.99, é mole?

Poderia baixá-lo da internet, mas vou utilizá-lo na aula de Literatura Inglesa, por essa razão achei conveniente comprá-lo.

Apenas R$25.00 na carteira.

Passei os olhos pelos livros, decidido a não comprar mais nada e poder economizar para os gastos da semana. Todo o meu esforço fora em vão. Não resisti e acabei comprando O CREPÚSCULO (Stephenie Meyer) pela bagatela de R$24.99. Prometi que iria deixar os best-sellers contemporâneos de lado e me dedicar exclusivamente aos clássicos sugeridos pela faculdade. Embora o tenha comprado justamente para lê-lo nas férias de outubro.


Como havia dito na última postagem, estou lendo "Orgulho e Preconceito" da escritora inglesa Jane Austen e recomendo por ser uma história de personagens bem construídos, cuja trama revela o esquema de casamentos arranjados dos ingleses do séc. XVIII e outras características sociais, políticas e econômicas da época.

CREPÚSCULO vai para a estante.

Os vampiros terão que esperar.



sábado, 15 de agosto de 2009

USC


Olá, amigos!

As aulas começaram na última segunda-feira, contrariando a vontade dos indolentes que torciam pelo retorno apenas em Setembro. Oportunistas de meia pataca! Se as faculdades "enxugam" o calendário dos dias letivos, quem acaba sendo prejudicado é o aluno, que verá reduzida a sua carga horária. A USC realizou ajustes em seu cronograma, visto que a sua margem de lucro poderia estar comprometida com todo o rebuliço causado pelo Influenza.

Queria escrever regularmente, mas a falta de tempo me obriga a estabelecer prioridades.

Comecei a ler ORGULHO E PRECONCEITO da escritora Jane Austen. O livro é uma das leituras obrigatórias de Literatura Inglesa. Será realizado um trabalho sobre esta obra que retrata os costumes ingleses do séc. XVIII. Regendo a disciplina está a professora Valéria Biondo.


O curso de Letras da USC é um prato cheio para quem é aficcionado por Literatura Brasileira, Americana, Espanhola, Inglesa e Latina, pois tem professores gabaritados, um fantástico acervo bibliográfico e plataforma de estudos que dinamizam o conhecimento.

Descobri que o meu inglês está enferrujado. Quase dois meses sem baixar as minhas séries americanas favoritas. O jeito é rever a primeira temporada de Friends! Comprei um livro chamado "Fale tudo em Inglês" (Editora Disal), mas ainda não pude explorá-lo com afinco. Acompanha um CD com vários diálogos cotidianos que tratam dos mais variados assuntos.

Segue um pequeno trecho do CONTO proibído que está em fase de revisão. Quero postá-lo em breve, assim que as férias de outubro tornarem-se realidade. Dar asas à imaginação é realizar uma leitura do mundo e de si próprio.

"Bernardo comemorou a notícia da viagem de Raila como se houvera ganhado na loteria. Atribuiu o acontecimento à vontade divina e naquela semana foi à igreja agradecer ao Criador a benção que lhe se afigurava diante dos olhos".

See you soon!


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Aniversário do Mundo das Letras


O Blog Mundo das Letras está completando 01 (um) ano no ar. Quero agradecer aos amigos que prestigiam às postagens, lendo, comentando ou dando aquela espiadinha sem compromisso. A idéia surgiu despretensiosamente, tomando corpo à medida que resolvi compartilhar as minhas impressões sobre livros, filmes, notícias do Brasil e do mundo, vida pessoal, trabalho, faculdade e outras discussões de igual relevância. É um projeto que, felizmente, saiu do campo das idéias, tornando-se um canal aberto para diálogos interpessoais e intrapessoal.

Segue um curto trecho de um conto de minha autoria que brevemente será blogado neste espaço.

8/ "Pensou que qualquer homem se sentiria orgulhoso em ostentar aquele esplendor de mulher ao seu lado, com os seus lindos olhos azuis, os cabelos que reluziam como ouro de tão louros, a boca vermelha de lábios carnudos, o corpo perfeito de mulher que sabe o poder que exerce sobre os homens. Mas apesar da atração que lhe despertava, e no sexo entendiam-se bem, não conseguira apaixonar-se por ela, que sempre fora tão doce, companheira, amiga."

"O sentimento corroia-lhe a alma, escravizava os seus sentidos, manifestava-se através de seus poros, invadia-o a ponto de mantê-lo resistente a qualquer remota possibilidade de amar Mariana ou quem quer que fosse."

Escrever ficção é uma tarefa árdua, pois exige total desprendimento de valores, pudores e arguta imaginação. Dominar as técnicas de escrita torna-se insuficiente, se por trás da forma, o conteúdo não tiver êxito na missão de ser um catalisador de emoções.


Vinícius Guimarães




quarta-feira, 29 de julho de 2009

A CASA DAS SETE MULHERES



Estou lendo A CASA DAS SETE MULHERES, da escritora gaúcha Letícia Wierzchowski. A Rede Globo adaptou-o à televisão e preciso dar o braço a torcer, fez isso magistralmente. Descobri o e-mail da autora e lhe escrevi uma mensagem, ressaltando o seu talento como artesã das palavras.

e imaginem... Ela, gentilmente, RESPONDEU!

Segue o e-mail que enviei no dia 26/07/2009

Olá, Letícia! Bom dia
Consegui o seu e-mail numa das comunidades do orkut que a homenageiam. Quero parabenizá-la pelo livro "A casa das sete mulheres". Assisti à adaptação feita pela Rede Globo, mas a linguagem da televisão nos dá tudo tão mastigado, que resolvi conhecer o livro que lhe deu origem. O seu texto é um alento à alma.

Um grande bjo

A resposta da AUTORA:

Vinícius,
obrigada pelo seu email
e pelo elogio, que me deixou deveras contente.
Espero que a leitura de A casa das sete mulheres
abra espaço para outros livros meus na sua estante.
Depois me conte se isso acontecer. E conte
também suas impressões a respeito...
abraço afetuoso,
Leticia (28 de Julho de 2009)

O livro narra a Revolução Farroupilha, sob a óptica de sete mulheres que viveram reclusas na estância da Barra no interior do Rio Grande do Sul.

Além deste livro que me custou R$28 no sebo da Rua Antonio Alves, comprei O CORCUNDA DE NOTRE DAME, do escritor Victor Hugo.

Mais uma sugestão de leitura do Blog Mundo das Letras.



domingo, 26 de julho de 2009

O casal desafortunado - estrelando o filme: Picaretas de plantão!



Olá, amigos internautas!

O Blog está às vespéras de completar 1 ano de vida!

Congratulations!


Como já havia escrito em outras postagens, criei este espaço para aperfeiçoar a habilidade de produção textual, discutir assuntos cotidianos que julgo relevantes, relatar experiências literárias e, principalmente, entabular diálogo com o meu "eu-lírico" (expressão que caracteriza o emissor da mensagem na estrutura do texto poético). Redigir uma postagem tem sobre mim efeito terapêutico. O hábito da leitura nos torna exímios na arte de concatenar as idéias e torná-las palpáveis através de sua transmutação em palavras. Idealizei o Blog no dia 25 de dezembro de 2007, mas acabei deixando-o quietinho, pois não sabia que linha editorial seguir. Resolvi optar por uma miscelânea de temáticas, apesar de, inicialmente, pensá-lo como "laboratório" da minha faculdade de Letras, propondo discussões sobre gramática, literatura e Língua Inlesa.

O espaço virtual tornou-se o meu confessionário! Obviamente, não sou tão desequilibrado a ponto de registrar aqui os ditos segredos inconfessáveis, embora seja possível ler nas linhas e entrelinhas dos textos publicados, a postura de alguém que não mais admite permanecer sobre o muro frente a questões delicadas.

Viver é um ato político!

MUDANDO O RUMO DA PROSA...

Impresssionante, como não conseguimos andar pelas ruas do centro de Bauru sem sermos abordados por alguém que nos peça esmola. Sim, eu me compadeço da situação degradante destes seres humanos, que não tem o que comer, vestir, calçar e, muitas vezes, um teto... mas é a realidade nua e crua de um sistema político, social e ecônomico que não sabe o que fazer com os seus excluídos, deixando-os à margem da sociedade, à mercê de suas mazelas. O jeito é dar alguns vinténs para tentar aplacar a fome de um estômago que está acostumado a ser maltratado pelo vazio.

Discursos socialistas à parte, é preciso diferenciar os DESAFORTUNADOS dos MALANDROS.

Certa vez, às 5 da manhã, na rua Monsenhor Claro, esperando o primeiro ônibus para Agudos, fui supreendido por um jovem casal. Semblantes abatidos, cabelos desgrenhados, maltrapilhos.

- Bom dia, senhor! - cumprimentou o rapaz, cheio de cerimônias, mãos dadas com a moça. - Pode me dar um minuto de sua atenção?

VÃO ME PEDIR DINHEIRO! - pensei eu, visivelmente incomodado com a situação. Sei, como ninguém, fazer aquela expressão de poucos amigos. Caprichei! Eles notaram, mas não se intimidaram, pois certamente confiavam no poder da boa argumentação.

Respondi que sim, poderiam ter um minuto da minha atenção.

O rapaz, com voz melodiosa, começou a ladainha:

- A minha mãe, senhor... - fez uma pausa estratégica, como se a emoção o estivesse impedindo de prosseguir. - expulsou a minha esposa de casa! Não aceitei a situação, pegamos as nossas coisas e estamos vagando pelas ruas desde ontém, pedindo a colaboração das pessoas para conseguirmos comer. A minha mãe não gosta da minha esposa, senhor. Não gosta!

E EU COM ISSO, CIDADÃO? - comecei a refletir com os meus botões.

Olhei para a moça, que aparentava ter pouca idade, talvez vinte anos. Ela não sustentou o olhar, abaixou a cabeça. Não estava envergonhada, mas parecia maquinar os pensamentos. Notei que apertou com força a mão do marido, como se quisesse recriminá-lo pela inverossímel história que me contava.

- O senhor me desculpa, caso eu esteja incomodando - pediu, humildemente. - Mas não volto a morar com a minha mãe.

NÃO ENTENDI NADA DAQUELE DESABAFO!

Ele se tornou um sem teto por opção. De acordo com o que me dizia, a mãe o aceitava, mas não tolerava a moça. Que a alojasse na casa dos pais dela, se fosse o caso. Até conseguir trabalho. São raciocínios que não exteriorizei por não querer prolongar a conversa.

- Se o senhor puder me ajudar com R$0.50...

Não sabia o que dizer. A situação era tão estapafúrdia, que não quis dar continuidade ao colóquio. Tirei R$20.00
do bolso.

EPA, EPA, EPA... Eu só tinha aquele dinheiro!

DEI UM SORRISO SARCÁSTICO! mas juro que sem a intenção de fazê-lo.

- Você vai me desculpar
- disse eu, cínico. - Mas não tenho troco!

O casal, sem se despedir, virou as costas e foi-se... FILHO DA PUTA! - ouvi o rapaz dizer, assim que virou a esquina.

Tive receio que voltasse, mas com a intenção de me assaltar. O meu medo era infundado, pois estes malandros não usam a força bruta. Preferem substituir o revólver pela diplomacia.

O ônibus estacionou, logo estaria em Agudos.

Casos da vida real, que se ajustam perfeitamente à ficção. Volto a repetir: é preciso diferenciar os desafortunados dos malandros.

See you soon!


sábado, 25 de julho de 2009

Madrugada



Olá, amigos!

Infelizmente, a última semana de férias. A partir do dia 3 de Agosto, volto às aulas na USC. O que me deixa animado é o fato de, neste semestre, ter as disciplinas de Literatura Inglesa e Latina em minha grade do curso de Letras.

Outra novidade é o meu novo horário de trabalho: 7:45 às 16:12. O que significa que terei tempo para voltar à rotina da academia, retomando a minha alimentação balanceada, esteira e exercícios de musculação. Apesar de não ser muito vaidoso, estou consciente de que pequenos hábitos saudáveis podem mudar a vida, levantar a auto-estima e nos tornarem atraentes aos olhos das pessoas.

Refeito da gripe que me deixou prostrado, ontem saí para beber, dançar e celebrar a liberdade. O espaço não me permite contar os detalhes sórdidos da madrugada, mas afianço-lhes de que tive bons momentos, regados à cerveja, vinho e chuva gelada de uma manhã cinzenta. Cheguei em casa às 7 hs e acordei às 17:00. Há tempos não dormia o tranquilo sono dos justos. Não satisfeito em ter saído de uma festa, em todo tempo em que estive dormindo sonhei que tinha ido à caça numa destas baladas de sexta-feira à noite! Parece que não tive êxito... pelo menos em campos oníricos!

Comprei a coleção completa do Harry Potter por apenas R$78.00. A promoção durou pouco tempo no site do Submarino. R$300.00 de desconto! É mole ou quer mais?

E a gripe H1N1? Impressionante como a gripe suína tem se alastrado com rapidez pelos quatro pontos cardeais. Leio diariamente boletins preocupantes sobre a progressão da doença. Anteontem, vi algumas pessoas andando de máscara no Poupatempo, o que me causou apreensão, pois trabalho em contato direto com o público. Nem todos os que estão constipados poderão fazer o exame que diagnostica o vírus, apenas aqueles que mantiveram contato com indivíduos que viajaram ao exterior ou que apresentem quadro sintomático grave.

Não consegui adicionar o vídeo, mas quero pedir que procurem no YOUTUBE as entrevistas da Marília Gabriherps! Quadro do programa "Pânico na TV", que satiriza a entrevistadora Gabi. Há tempos não assisto a algo tão hilário. Impressionante, como o ator que interpreta a jornalista conseguiu pegar os seus trejeitos.

Algumas pessoas perguntaram... SIM, estou beijando na boca! dentre outras "cousas", mas como este é um Blog de família, não falo desta tórrida relação, que parece ter esfriado! Outras virão, já que a idéia é fazer a fila andar.

Até breve!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Dicas do livro "Não erre mais"


Olá, amigos!

Aqui estão algumas dicas do excelente livro "Não erre mais" - Luiz Antonio Sacconi)

"Cheguei às quinze para a meia-noite"

Não chegou nada bem. Se quinze se refere a minutos, não tem nenhum sentido chegar às quinze para a meia noite. Convém chegar melhor:

Cheguei aos quinze para a meia-noite.
A reunião começará a partir dos dez para as oito.
O filme começou aos cinco para as dez.
O ônibus sai aos vinte para as seis.

(Pág. 247 - Não erre mais)



Libido: o ou a?

Libido, apetite sexual, é a: a libidu (pronuncia-se libídu).


(Pág. 250 - Não erre mais)



Chamar a atenção de alguém

Quando se pede o cuidado de alguém para algum fato, usa-se com propriedade a construção acima; quando, porém, a noção é de advertência, convém empregar chamar alguém à atenção. Veja exemplos:

O governador chamou a atenção do secretário para a notícia do jornal.

O governador chamou o secretário à atenção na presença de todos, porque este não o respeitou.

(Pág. 327 - Não erre mais).


Volto em breve!