domingo, 28 de setembro de 2008

The Mist

Como um dos itens indispensáveis a toda as pessoas que planejam um roteiro de férias, resolvi ir ao cinema. Não sabia o que estava em cartaz no Shopping e dentre as opções que encontrei, escolhi "The Mist" (O nevoeiro), adaptação do livro de Stephen King. É estranho, mas não consegui chegar a uma conclusão sobre o filme. Após uma terrível tempestade, a cidade de Maine é invadida por um nevoeiro. No mercado local, as pessoas se dão conta de que algo estranho acontece. Começa a luta pela sobrevivência, já que monstros alienígenas vindos de algum lugar do espaço estão à espreita. O filme é regado a sangue. Bichos cheios de tentáculos, insetos gigantes e aranhas de espécies desconhecidas são presenças marcantes em toda a história. Como em todo bom enredo, há o protagonista (herói), a mocinha e o garotinho indefeso. Todavia, quem mais chamou a minha atenção foi uma destemida velhinha, que apesar da idade avançada, mostrou-se a mais lúcida dos sobreviventes. A cena em que a simpática idosa fica frente à frente com um dos monstros é hilárea. O desfecho da aventura é decepcionante. Mas assistam para que possam tirar as próprias conclusões. Agora estou certo de que não gostei.

sábado, 27 de setembro de 2008

DIÁRIO DE BORDO I



Tenho acordado às 8 horas da manhã. Após o "breakfast", coloco em dia as leituras prévias da faculdade. Ultimamente os professores têm exigido que cheguemos à sala de aula com os textos lidos, exercícios respondidos e anotações feitas. Mas nem só de suas obrigações acadêmicas vive o homem. Durante o dia também ouço música, faço download dos episódios de "Lost", escrevo e-mails, mexo nas configurações do BLOG, vou ao centro da cidade comprar DVD "pirata" (p/ fomentar o trabalho informal), chego mais cedo à USC, etc. Devagar, organizo a minha vida. Recupero a serenidade, perdida nos últimos anos de trabalho escravo prestados à Prefeitura Municipal de Bauru. Trato do nervos, arrebentados no atendimento da Secretaria de Finanças. Volta-me o sangue frio, para pensar com calma sobre metas. "I fell free, folks".

Com a CIRETRAN em greve, a minha carta de motorista ainda é uma incógnita.

A cidade de Agudos anda empolvorosa com a proximidade das eleições. Observo isso nas ruas.

Retomei o estudo intensivo em Inglês. Agora não só resolvo vários exercícios de gramática Inglesa, como também leio com voracidade textos em Inglês, ouço "listenings", navego em sites norte-americanos e pratico conversação sozinho, dialogando com a minha consciência, rs. "I want to be an english teacher in the future", mas para isso é necessário disciplina, dedicação e paciência.

A postagem está politicamente correta, then I need to say: I hate "Poupatempo"! Só para não perder o costume, rs.

Nas férias do ano passado, acabei me tornando um sedentário e ganhando 7 quilos de pura gordura.

Pretendo escrever um conto. Antes, quero ilustrá-lo com um curta-metragem que produzirei com a opção de vídeo de uma câmera digital. Os personagens serão baseados em pessoas que conheço.

Sei que meia dúzia de gatos pingados lêem o que escrevo, mas volto a reiterar que o BLOG foi criado exclusivamente para o exercício de produção textual. Não é meu propósito colecionar admiradores, críticos ou seguidores de qualquer natureza, e sim, aperfeiçoar a arte da escrita, imprescindível a todo professor de Língua Portuguesa. Mas fico satisfeito com o aumento do número de visualizações.

Em breve, colocarei postagens com orientações sobre como redigir textos. Dicas importantes sobre as "irmãs ariscas": coesão e coerência. Quero compartilhar com aqueles que tiverem interesse, o conhecimento adquirido no curso de Letras.

A moça tecelã

Recentemente, escrevi uma análise literária do conto "A moça tecelã", da escritora Marina Colasanti. O texto foi entregue na aula de "Teoria da Literatura II", como exercício de classificação dos elementos da narrativa: enredo, personagem, tempo, espaço e narrador.

ANÁLISE

A moça tecelã é apresentada ao leitor como elemento integrante de um enredo que se inicia ao sublime amanhecer. O tear é habilmente manipulado pela personagem, que dá forma, vida e cor a tudo o que brota de sua imaginação. As forças da natureza se submetem à magia do trabalho incansável da protagonista: tece a chuva com os grossos fios cinzentos de algodão, tece a luz do sol a partir dos seus fios dourados e se tem fome, tece um suculento peixe para saciar-se.

Enredo e personagem se entrelaçam num ambiente bucólico, criado sob uma atmosfera fantástica, irreal, inatingível. Mas enfim chegou o dia em que a solidão se fez presente, tão real quanto o que era criado pelas hábeis mãos da moça tecelã. Sentindo-se sozinha, teceu um companheiro para afagar-lhe o coração. É possível surpreender-se com a personagem, pois não abre mão da condição humana, reservando para si o direito de amar e ser amada.

A história é permeada de novos enlaces: enfim um companheiro, mas com olhos transbordando de ambição. A protagonista é convencida a tecer um palácio para satisfazer o vil desejo de um homem que não a amava. “Tecia, tecia, tecia e entristecia”. Passava os dias a tecer, sozinha. A personagem, que evolui em todo o enredo, coloca um ponto final em sua agonia e desfaz todo o tecido que compunha a situação infeliz
na qual se encontrava.

O conto "A moça tecelã" está disponível na página:

http://www.construirnoticias.com.br/asp/materia.asp?id=673

domingo, 21 de setembro de 2008

O Conde de Monte Cristo

É Díficil imaginar uma história em que o desejo de vingança seja tão latente, irresistível e envolvente, quanto no livro "O Conde de Monte Cristo". Comecei a relê-lo, e é a minha sugestão de leitura àqueles que querem embarcar numa viagem permeada de aventuras, romance e intrigas, elementos que estão sob a égide do destino. "Edmundo Dantes", vitíma das armações diabólicas daqueles que o viam como empecilho aos seus interesesses, não descansará em paz até poder vingar-se. Rico, culto e não mais ingênuo, retorna anos depois e arquiteta um ardiloso plano para cobrar uma dívida do passado.

Uma das tramas mais empolgantes que conheço!


domingo, 14 de setembro de 2008

Coices, almas gêmeas e Alexandra.


Às vespéras dos tão esperados trintas e seis dias de férias, quero compartilhar com os poucos amigos que acessam o Blog, algumas curiosas histórias. Lidar com o público conferiu-me traquejo social, visto que sempre fui tímido, introvertido e um tanto quanto distraído. São reproduções fiéis de atípicas histórias com doses de humor, constrangimento e tensão. Sim, tenho pretensões literárias, mas isso a longo prazo. Por enquanto, sirvo alguns "aperitivos" de passagens interesses do cotidiano de um Orgão Público Municipal.

(O COICE)

- Olá, bom dia! - exclamou Vinícius, animadamente. - Em que posso ajudar?

- Olá! - respondeu a contribuinte, puxando a cadeira para sentar-se. - Recalcule a parcela referente ao mês de JUNHO, por favor. - disse ela, entregando-lhe o carne de IPTU de 2008.

O atendente verificou que a parcela de IPTU referente ao mês de JULHO não constava paga no sistema, todavia na guia do carnê havia a autenticação bancária, sem a respectiva data do pagamento.

- Senhora, sabe me dizer em que dia foi paga a parcela de JULHO? - indagou o atendente, tentando descobrir se o sistema não havia efetuado a baixa do recolhimento referente à parcela 06 (seis).

Do alto de sua arrogância, a contribuinte empertigou-se para frente, apoiando as mãos na mesa do funcionário. Sem pesar as palavras, respondeu:

- Escute, não me interessa em que dia foi paga a parcela de JULHO. Eu lhe pedi que recalculasse a parcela de JUNHO. Ande logo com isso, que estou com pressa!



"DOIS EM UM"

- Foi o seu guichê que chamou a senha H1022? - indagou o contribuinte, um tanto quanto confuso.

- Sim! - confirmou o atendente, fazendo sinal para que o rapaz se sentasse. - Em que posso ajudá-lo?

- Sou corretor de imóveis e quero solicitar a senha online para ter acesso ao cadastro imobiliário da Prefeitura através da internet.

- Certo. - respondeu Vinícius, notando que havia algo de errado com o homem. Talvez a voz, com o timbre incomum.

- Aqui está a documentação - disse o sujeito, passando às mãos do funcionário a cópia de seu RG, CPF, Creci e número de inscrição municipal.


- Um minuto - pediu Vinícius, sentindo-se entediado com a monotonia de sua funcão. Aproveitou para checar os seus e-mails, pois mesmo em atendimento, conseguia esquivar-se rapidamente do trabalho para tratar de assuntos pessoais. Lidas as mensagens do seu correio eletrônico, resolveu dar atenção ao contribuinte. Ao preencher os dados pessoais do requerente no sistema, percebeu que o nome que constava no RG e CPF do dito cujo era "ALEXANDRA".

- O cartório de registro civil errou ao registrá-lo como "ALEXANDRA"? - quis saber o distraído atendente.

- Não - redarguiu o "rapaz" - Nasci com os dois sexos.

- Ah, nasceu com dois sexos? - perguntou retoricamente o funcionário, tentando aparentar naturalidade.



"ALMA GÊMEA"

- Olá, boa tarde - disse a simpática senhora.

- Boa tarde! - cumprimentou o atendente.

- Quero parcelar o meu IPTU - comentou ela, com um ligeiro sorriso nos lábios.

- A senhora é a proprietária do imóvel? - questionou Vinícius, sem grande interesse.

- Sim. - confirmou a idosa. - Acabei de registrar o formal de partilha.

Após apurar o valor do débito, o funcionário apresentou os planos de parcelamento.

- Quero parcelar em doze vezes - pediu a senhora, entusiasmada.

- OK - respondeu Vinícius, entediado.

De repente, a velhinha pôs-se a falar desordenadamente, como se há tempos estivesse à procura de alguém que a ouvisse.

- Eu me separei após ter completado trinta anos de casada - confessou ela, remoendo lembranças ainda vivas.

- Mas apesar de velha, ainda tenho fé que vou encontrar a minha cara-metade. O sangue ainda corre nessas veias, sabia?

Por mais que tentasse, o atendente não conseguia desvencilhar-se da mulher, que agora falava dos filhos, que a tinham apoiado a morar sozinha.

- Essa aqui é minha filha. - disse, mostrando a Vinícius a foto 3x4 da filha que levava na carteira. - Ela não é linda?

"Linda?", pensou o rapaz, impressionado com os olhos, boca e nariz desproporcionais da moça. Era conveniente concordar, tendo em vista que toda mãe vê o quão belo é o filho, mesmo sendo ele a mais horripilante das criaturas.

- Sim. - confirmou ele - Lindíssima!

- Eu moro próxima ao Shopping. - informou, desta vez voltando toda a sua atenção para o atendente. - É como eu lhe disse a pouco, preciso encontrar a minha alma gêmea.

- A senhora vai encontrá-la - sentenciou o funcionário, não sabendo como colocar um ponto final no rumo daquela prosa.

- Você não gostaria de me visitar em casa qualquer dia desses? - indagou corajosamente a senhorinha, como se houvesse ensaiado mentalmente aquela pergunta desde que havia sentado em frente ao jovem.

- Visitá-la? - redarguiu Vinícius, tímido. - Sim, qualquer dia apareço para tomarmos um café.

- O endereço você já tem aí em seu sistema - lembrou, mostrando-se interessada. Espero vê-lo em breve.

Após assinar o termo de parcelamento, retirar as parcelas e concluir o serviço, a ousada velhinha levantou-se, apertou a mão de sua "presa" e sorriu, exibindo os brancos dentes, que não pareciam dentadura.

domingo, 7 de setembro de 2008

"EL CHAVO"



Fenômeno em toda América Látina, o seriado "Chaves" encanta pelo humor despretensioso, ingênuo e atemporal. Assisti a todos os episódios exibidos pelo SBT e não me canso de rir das situações cômicas vividas por cada um dos personagens do cortiço. Dentre tantas passagens hilárias, resolvi elencar três que considero imbatíveis:

1º Todos estão sentados à mesa tomando café da manhã no restaurante de Acapulco. Kiko e Chiquinha começam a discutir, mas são repreendidos por Dona Florinda, que visivelmente incomodada diz ao filho: - Tesouro, pare com essa discussão. Estamos num hotel de luxo, não na casa do seu Madruga. (rsrsrsrs). Seu Madruga, sentido-se ofendido com o comentário da "cara de vela derretida" responde: - O que é que foi?, o que é que foi?, o que que há?. Por que comparar esse refinado hotel com a minha humilde casinha? Seria a mesma coisa que comparar a Maitê Proença com a senhora. (rsrsrsrs).

2º O Professor Girafales é picado pelo escorpião que estava escondido no sofá da sala. Dona Florinda, desesperada, pede ao Kiko que pegue o livro de primeiros-socorros que está sobre o armário. O "buchechas de budogue velho" não percebendo a agonia da mãe, volta a meio caminho, e com interesse pergunta: - Depois que terminar de ler você me empresta?. (rsrsrsrs)

3º Dona Florinda volta do salão de beleza com um novo penteado, e se desculpa com o Professor Girafales que há tempos a aguardava: - Desculpe, demorei por que estava no salão de beleza. O "Mestre Linguiça", impressionado com o resultado final do novo corte de Dona Florinda, pergunta: Por que não os processa?. (rsrsrsrs)

Todos têm um episódio favorito e posso dizer sem titubear que o meu é "A festa da boa vizinhança". Há muito tempo, li uma monografia de estudantes de jornalismo, que se transformou no livro chamado:
"Chaves - Foi Sem Querer Querendo?. Neste livro, encontramos uma infinidade de particularidades sobre um dos seriados mais populares do mundo.

Você não soube? Não te contaram? Não te disseram?

"Chaves", será um tema constante nesse BLOG!

PS: Dedico esta postagem ao meu amigo "Gustavo Freitas", que é um dos maiores especialistas em "Chaves" que conheço.