sábado, 30 de maio de 2009

Eu, tu, ele e os livros que lemos!

** (Crônica escrita para a aula de Aprimoramento de Leitura e Produção textual, ministrada pela professora Cinthia, docente da Universidade Sagrado Coração)


O Brasil não é um país de leitores. Isso é corroborado em pesquisas, estatísticas e rankings internacionais, nos quais os alunos brasileiros amargam os últimos lugares nas habilidades de escrita e interpretação de texto. Sim, têm dificuldade em redigir frases coesas e coerentes ou explicar em pormenores o que se esconde nas entrelinhas de um trecho literário.

As mazelas sociais de um povo também são causadas pelo descaso com que tratam os livros. Graciliano Ramos, José de Alencar ou Érico Veríssimo não são populares e até caem em ostracismo se comparados às estrelas do futebol nacional, artistas de televisão ou celebridades instantâneas. Ninguém se apiedou do sofrimento da personagem "Ana Terra", que perdeu o homem que amava, foi estuprada e viu a família ser brutalmente assassinada na região Sul do país, mas se comoveram ao ver Romário levantar a taça na conquista da Copa do Mundo de 94. Todos sabem quem matou "Odete Roitman", embora não tenham tomado conhecimento de que a seca no nordeste quase deu cabo de Fabiano no romance "Vidas Secas". Acompanharam o casamento de "Angélica e Luciano Huck", mas nem desconfiam que a história de amor entre Peri e Ceci em "O guarani" é mais intensa, poética e sublime. A resistência à leitura também pode fazer com que o homem perca a capacidade de se emocionar.

Vasculhando o meu baú de memórias, encontrei passagens que revelam as minhas experiências com a literatura. Certa vez, fui taxado de gay pelos colegas de ensino médio por estar lendo "Olhai os lírios do campo", do escritor Érico Veríssimo. Sugestão de leitura que me foi dada pelo Professor de Português. Apesar de escrito na década de 30, o romance é atemporal, pois discute temáticas como amor, ambição social e traição. Não dei ouvidos às provocações, mas passei a tratar questões literárias com mais reserva. Em outra ocasião, peguei na biblioteca municipal de Agudos "O livro dos Espíritos" de Allan Kardec. Cometi um equívoco ao deixá-lo sobre a cabeceira de minha cama, pois minha mãe, ao encontrá-lo, discursou sobre as passagens da bíblia que atribuem ao demônio qualquer tentativa dos espíritos de se comunicarem neste plano. Suas censuras dispertaram ainda mais a minha curiosidade e hoje consigo enxergar Deus com um olhar mais ecumênico, pois acredito que em cada religião há princípios universais de sabedoria, capazes de nos tornarem pessoas otimistas, generosas e tolerantes.

O tipo de relação que estabelecemos com os livros que lemos, determina a nossa visão de mundo. A maior parte dos homens está enclausurada na ignorância, pelo fato de resistirem à ideia de que ler expande os horizontes que cada um tem diante de si. Optei pela licenciatura por acreditar que nada confere mais responsabilidade social do que a arte de ensinar, e Letras por ser apaixonado pela gramática da língua portuguesa, literatura e as palavras carregadas de significado. O amor pela leitura nasce em qualquer idade, mas é preciso estimular os novos leitores que ainda não têm o costume, já que o ato de ler exige concentração, dedicação e envolvimento da alma.







sábado, 23 de maio de 2009

Quando a língua é maior que a boca!


Um dos grandes segredos da arte de se viver bem, é não se preocupar com as maledicências que inventam ao seu respeito. Alguém já disse: "onde há fumaça, há fogo!", mas o ser humano é perverso, capaz de transformar pequenas fagulhas em labaredas de calúnia, difamação e constrangimento, apenas para satisfazer a falta de caráter congênita, inerente àqueles que não se contentam com a felicidade alheia. Sei que é difícil se furtar a um pensamento que desabone o próximo, mas se for inevitável conter-se, pelo menos exteriorize o que pensa àqueles em quem confia. Não, isso não é receituário de como ser mal caráter, mas é uma lição que pode ensiná-lo a evitar atritos com os que fazem parte do seu convívio diário, seja em casa, trabalho ou faculdade. Os que se sentem vítimas da língua ferina dos "bocas malditas", don't worry! A superioridade está no silêncio, desprezo e omissão.

- Você viu, comadre? Dona Tereza recebe sozinha em casa o amigo do marido. (As vizinhas fofoqueiras)

- Sei, não. Aquele lá deve ser baitola. Nunca o vemos com mulher. (o "Língua Preta")

- Não é que seja difícil arranjar emprego, o João é que não gosta de trabalhar. (A maledicente)

- Aqueles dois são ruins de serviço, pois foram mal treinados pelo Antonio. (Colega de trabalho invejoso, caluniador e espírito de porco).

Talvez eu crie no orkut a comunidade: "Tenho um colega de trabalho espírito de porco!". Estar todos os dias ao lado de alguém rasteiro é uma cruz. Ele o abraça, elogia, diz ter apreço pela sua amizade, mas assim que você vira as costas... Todavia, disto podemos tirar algo proveitoso. O que? Nem te conto!
Admiro aqueles que, sem pudores, emitem opiniões pessoais e as assumem diante de todos. Mas é preciso dissernimento aos que têm essa postura. "Antes de ser macho, é preciso ser homem", já dizia o finado Clodovil. O que penso, falo e faço, pode entrar em contradição com o objetivo desta postagem, mas ao escrever isso, dou, literalmente, a cara para bater. Só é possível vencer com o suor honesto! Esse é o meu lema.



OBS: Assumo as consequências de tudo o que vier a ser escrito neste Blog, pois isso me confere o direito de dissertar sobre aquilo que achar relevante!



Vinícus Guimarães





sábado, 16 de maio de 2009



Nota 0

À Administração do POUPATEMPO de Bauru, pela excessiva preocupação com os índices de aprovação popular. Cidadão mal educado é tratado como ilustre. Retira senha eventual (mais rápida que a Preferencial, dada às gestantes, idosos e deficientes físicos) e tem aos seus pés o alto escalão do posto, que o abana, caso o dia esteja quente. É preciso mostrar estatísticas positivas ao estado. Isso explica o grande número de capachos que encontramos neste lugar!
Valha-me Deus!

Nota 10

Ao som da banda "Conceitos". (http://bandaconceitos.blogspot.com) e ao grupo evangélico "Nobre Spirit" (www.squidoo.com/nobrespirit).
A música é o caminho mais curto para se chegar ao céu! Apresento-lhes dois atalhos!