domingo, 31 de agosto de 2008

A Múmia 3


Hoje fui ao cinema assistir "A Múmia 3 - Tumba do Imperador Dragão". Havia assistido aos dois primeiros filmes que são ambientados no Egito, em meio às histórias de faráos, pirâmides e hieróglifos. Entretanto fiquei decepcionado com a múmia chinesa. O enredo do filme é fraco, a atriz que interpretou a esposa de O'Connell anteoriormente, foi substituida por outra com mais idade e a múmia, desta vez, não é tão assustadora. Os efeitos especiais não trouxeram novidades. Tudo indica que ainda teremos a múmia latina, pois a história termina com insinuações sobre a existência de algumas lá para os lados do Peru. Quem ainda não viu, não perdeu nada! Faltou um pouco mais de "conteúdo" a essa super produção.

domingo, 24 de agosto de 2008

Os meus avós



Foto dos meus avós, tirada em 1948. Qualquer semelhança comigo, não é mera coincidência.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

"O travesti e eu"


Lido diariamente com devedores que culpam a Prefeitura pelos seus infortúnios. Os buracos do asfalto, o IPTU com valor abusivo, a incompetência administrativa do Prefeito, enfim, uma infinidade de reclamações COM e SEM fundamento. Certa vez, ainda no "Palácio das Cerejeiras", atendi um travesti chamado "Claudia". Eu o saudei com o costumeiro "Bom dia!", mas em seguida fiquei em dúvida se o chamava pelo respeitoso pronome de tratamento "Senhor", levando-se em conta a sua natureza biológica, ou "Senhora", termo mais apropriado ao que ele próprio acreditava ser. Acabei optando por tratá-lo como homem. Ressabiado, perguntei: Posso ajudá-lo, SENHOR? Ele, com o humor negro característico a todos os travestis mal humorados, respondeu: "Você é médico?, pois na semana passada descobri que tenho um tumor na cabeça". Era para ter soado como uma piada, mas "ele/ ela" percebeu que a frase surtiu sobre mim o efeito inverso. Claudia, que na realidade chamava-se "Claudio", emendou dizendo que não tinha como pagar os IPTUs em atraso, pois estava desempregada e doente. Realmente, a coitada (o) não parecia estar vendendo saúde.

A voz rouca, grave, quase estridente, revelava uma "mulher-homem" cansada, desiludida com a vida e jogada à própria sorte. Ouvi pacientemente todas as suas lamentações, que sempre giravam em torno dos problemas familiares. O preconceito, a indiferença e o mal juízo que faziam dela. Os clientes que deixaram de procurá-la. O medo que tinha de ser agredida nas ruas. Os olhares curiosos que despertava nos transeuntes (calma, são apenas pessoas que caminham). Ainda havia o tumor recém descoberto. Eram muitas cruzes para uma só pessoa carregar. Com mais de cinquenta anos, a velha prostituta, como "ele/ela" mesmo havia declarado, não tinha mais a quem recorrer. Segundo, "Claudia", o seu voto ajudou a eleger "Tuga Angerami", e por essa razão, estava alí na Prefeitura para pedir socorro. Havia tanta química em seu reluzente cabelo loiro (com raízes pretas), que os meus olhos ficaram marejados e logo começaram a arder. Em relação ao IPTU em atraso, nada pude fazer. Não posso dar desconto, e só parcelamos se o contribuinte puder pagar a primeira parcela à vista. Triste... Em época de eleições, as minorias sempre são ouvidas por políticos que são verdadeiras aves de rapina. Esse texto não era p/ ter cunho político-moral, mas veio a calhar, rs! As "Claudias" da vida serão finalmente ouvidas. Espero apenas que elas tenham título de eleitor. O travesti em questão, foi embora frustrado.

sábado, 16 de agosto de 2008

A cidade do Sol

Terminei a leitura do livro "A cidade do Sol". É triste!, mas é fiel à realidade do povo afegão. Leiam!

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

"A cidade do Sol"


Estou terminando a leitura de "A cidade do Sol", livro também do escritor afegão Khaled Hosseini. Recentemente, postei um comentário sobre "O caçador de pipas", mas não há razão para compará-los, pois apesar de estarem ambientados nas mesmas terras cinzentas do Afeganistão, tecem enredos distintos. Dessa vez, temos "Mariam" e "Laila" como as personagens centrais da história. Não são mulheres comuns. São rochas, capazes de suportar todo o tipo de violência, seja ela doméstica, praticada pelo punho do próprio marido, ou mesmo a que está envolta à fumaça negra da guerra. Impressionante o quão humilhante foi a situação da mulher afegã durante o regime talibã. Não tinham direitos civis, podiam sair às ruas apenas com a vestimenta apropriada, ou seja, a burca, e não frequentavam a escola. Aquelas acusadas de adultério, eram apedrejadas em praça pública até a morte. Após ler o último capítulo e conhecer o desfecho da trama, colocarei uma parte da sinopse aqui no blog, com a intenção de despertá-los para para uma visita ao Oriente Médio.

domingo, 10 de agosto de 2008

"The secret friend"


Esse foi o dia da revelação do amigo secreto na Prefeitura, em dezembro de 2007. Tirei a Kátia, a gordinha simpática de blusa azul que ostenta um colar no pescoço. O colar foi presente meu, junto com um CD dos Bee Gees e um par de brincos, comprados com a ajuda da Vera, agora funcionária do Procon. Para a minha grata surpresa, quem me tirou foi a irmã ingrata que gosto muito (Patrícia), e me presenteou com uma mochila muito bacana, que eu tive o azar de rasgar(sem querer), três semanas depois. Todas as pessoas da foto são especiais e fazem parte de minha vida. A PMB é um lugar de ócio, mas também de muita diversão, rs!

Essa música é um refrigério para alma.

Fix You

Coldplay

When you try your best, but you don't succeed,
When you get what you want, but not what you need,
When you feel so tired, but you can't sleep
Stuck in reverse

And the tears come streaming down your face
When you lose something you can't replace
When you love someone, but it goes to waste
Could it be worse?

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try, to fix you

And high up above or down below
When you're too in love to let it go
But if you never try, you'll never know
Just what you're worth.

Lights will guide you home
And ignite your bones
And I will try, to fix you.

Tears stream down your face,
When you lose something you cannot replace
Tears stream down your face
And I...

Tears stream down your face
I promise you I will learn from my mistakes
Tears stream down your face
And I...

Lights will guide to home
And ignite your bones
And I will try to fix you.

Secretaria de Economia e Finanças


Prestes a completar dois anos de funcionalismo público, alego que não há razão para comemoração, pois se funcionário público é vagabundo, nós, da Secretaria de Economia e Finanças, fugimos à regra.

Dissertação: "O desenvolvimento sustentável" (Vinícius Guimarães)

Esse texto dissertativo argumentativo foi escrito para ser entregue na aula de "Morfossintasse II". (Letras - USC). O tema é "Desenvolvimento e preservação ambiental: como conciliar os interesses em conflito?"

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
Produto interno bruto, desenvolvimento econômico e renda per capita são metas a serem alcançadas por qualquer nação que queira se firmar como potência mundial. Desmatamento, poluição e aquecimento global são todo o lixo jogado por baixo do tapete. A economia capitalista visa o lucro, e trabalha com o princípio de que os fins justificam os meios. A sobrevivência num mundo globalizado não é sustentada apenas pelo poder de consumo, já que a possibilidade de vida no planeta Terra também está ligada à existência da fauna e flora. Mas como um país pode desenvolver-se sem "ceifar" a natureza?
Responder a essa indagação é um desafio, pois é preciso levar em consideração a necessidade de desenvolvimento de muitos países do terceiro mundo. O setor industrial é o que mais polui, devasta e gera danos à natureza, em contra-partida, é o que mais emprega, exporta e investe (principalmente em tecnologia). Muitas industrias madeireiras, por exemplo, trabalham o reflorestamento. Após a derrubada de uma árvore, outra é imediatamente plantada no local. Isso revela respeito ao meio ambiente, e garante prosperidade à economia. É notório a preocupação de determinadas empresas em criar produtos biodegradáveis, chamando a atenção do consumidor, que a cada dia torna-se mais consciente do seu papel junto à luta para diminuir os impactos naturais.
O protocolo de Kioto, tratado assinado por vários países em 1997, tinha a intenção de reduzir a emissão de gases nocivos à atmosfera. A tentativa era diminuir os efeitos causados pelo efeito estufa. O mundo preocupava-se então com as consequências do desenvolvimento industrial desenfreado. A "saúde" do planeta passou a ser tema de debates polêmicos entre nações que possuiam interesses antagônicos, mas que precisavam lutar em conjunto para encontrar soluções que garantissem a preservação da vida na Terra. E isso significava poluir menos. A medida de urgência para diminuir a poluição causaria impacto na economia mundial, entretanto, amenizar os desastres climáticos tornar-se-ia também uma prioridade.
O capitalismo, sistema sócio-político-econômico que impera no mundo, define o lucro como a maior de suas prioridades, e isso, à custa da vida de animais que estão em extinção, matas silvestres devastadas e rios poluídos. É possível conciliar interesses, desde que a natureza são seja deixada em segundo plano. Economia aliada à preservação ambiental, é o que se pode chamar de "desenvolvimento sustentável".

sábado, 9 de agosto de 2008

Vinícius "O banguela"


Imaginem, acabei de extrair um dente. A dentista disse que chegamos à parte estética do tratamento, e isso inclui ficar banguela por um curto espaço de tempo. Esse "curto espaço de tempo" pode significar três meses. Provavelamente, estarei mais sério que o habitual essa semana. Ninguém gosta de exibir a "banguelice". Mas enfim, para conseguir um sorriso "colgate" é preciso abrir mão da vaidade, permitir-se estar feio, ou, pelo menos, sentir-se assim. Ainda tenho o gosto de sangue na boca, e pontos, muitos pontos. "Todo mundo espera alguma coisa, ... de um sábado à noite", já diz a canção. Não espero nada deste sábado. Logo, o efeito da anestesia vai passar, e terei então que me dopar de tanto analgésico. Que fique bem claro que não extraí o dente da frente, mas um que geralmente está próximo. Terei que colocar a corrente para fechar o espaço, e assim, ajustar a linha média. Cansei de usar aparelho!

domingo, 3 de agosto de 2008

"O caçador de pipas"




























Tenho o hábito da leitura, mas
infelizmente não tenho o tempo que gostaria para poder transitar pelos caminhos fantásticos da ficção. Se quero fugir do mundo, das pessoas, problemas e preocupações, logo pego um livro para me fazer companhia. Isso é terapêutico, acreditem! Os benefícios da leitura são visíveis no campo das idéias, tendo em vista que ler aumenta nosso repertório de conhecimento; no campo da escrita, já que nos tornamos mais articulados na arte de traduzir em palavras todos os nossos pensamentos; no campo da comunicação, pois a intimidade com o texto escrito nos deixa mais desenvoltos, seguros e prolixos. O intuito desse texto é convencê-los a descobrirem "O caçador de Pipas", obra do escritor afegão Khaled Hosseini. Best-seller, merecidamente reverenciado pelo público e crítica. Ao ser perguntado pelos meus colegas de trabalho sobre o que gostaria de ganhar em meu aniversário, categoricamente respondi: "Quero ganhar O caçador de Pipas". Comecei a ler no mesmo dia em que o recebi, e posso assegurar-lhes que é uma das histórias mais emocionantes das quais já tomei conhecimento. Capaz de arrancar lágrimas do mais insensível dos seres humanos. Sou homem o bastante para admitir que meus olhos ficaram marejados em muitas passagens da história. Não quero revelar detalhes do enredo, entretanto, posso adiantar que o tema gira em torno dos valores humanos como: amizade, sinceridade e lealdade.

"
Amir" e "Hassan" são os personagens centrais do livro. "Amir"é rico, inteligente e inseguro. "Hassan" é pobre, leal e corajoso. A guerra no Afeganistão serve como cenário para a amizade dos garotos que logo tornam-se homens. Descobri que há muito em mim dos dois personagens. Enquanto seres humanos, somos todos falhos, passíveis de erros e acertos. É isso o que o autor tenta nos mostrar em toda a história. Não importa o que tenhamos feito de errado nesta vida, sempre há um jeito de "ser bom outra vez" e consertar o que parece não ter conserto. "Amir" e "Hassan" são capazes de despertar o ódio. Um, pelo caráter duvidoso, outro, pela lealdade submissa. A história é recheada de emoção, drama e realismo. Assisti ao filme, mas não recomendo que assistam antes de lerem o livro, pois não se darão conta da dimensão da genialidade da obra. Você tem um grande amigo? Então leia "O caçador de pipas" e saiba quais são os princípios que regem a verdadeira amizade.